A insuficiência cardíaca, popularmente conhecida como “coração fraco”, é uma síndrome clínica complexa, que se caracteriza pela incapacidade do coração de bombear o sangue de forma adequada para atender as necessidades metabólicas dos tecidos.
A doença, que pode ser crônica (com instalação lenta e progressiva) ou ter uma manifestação aguda, com necessidade de terapia urgente, é mais comum em pessoas mais velhas. Entretanto, essa condição pode afetar homens e mulheres aparentemente saudáveis e em qualquer idade, inclusive crianças.
Como um estudo publicado na revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostrou que 50 mil pessoas morrem todo ano no Brasil por complicações cardíacas e que, em média, 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano no país, eu quero compartilhar com você as principais causas, fatores de risco e sintomas dessa doença tão prevalente que é a insuficiência cardíaca.
É válido ressaltar que esse conteúdo não substitui a avaliação por um médico, sendo de extrema importância que você procure um profissional sempre que sentir algum desconforto ou falta de ar mais expressivo ou diferente do habitual.
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Fatores de risco da insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca é considerada a via final comum de diversas cardiopatias que tiveram uma evolução desfavorável ao longo da vida.
Desta forma, pessoas que são portadoras de algumas doenças, como hipertensão arterial sistêmica, doença arterial coronariana, miocardite, valvopatias, doença cardíaca congênita ou que possuem histórico de ataque cardíaco anterior, apresentam maiores chances de desenvolver a insuficiência cardíaca.
Outras possíveis causas de insuficiência cardíaca são o diabetes, colesterol alto, tabagismo, doença de Chagas, gravidez, doenças de origem genética, infecções, anemia e doenças da tireoide.
Lembrando que ter familiares de 1° grau com histórico de insuficiência cardíaca também é considerado um fator de risco.
Sinais e sintomas da insuficiência cardíaca
O principal sintoma da insuficiência cardíaca é o cansaço excessivo após um esforço físico, como subir escadas ou fazer caminhadas.
Fazer atividade física te deixa muito cansado?
Além deste sintoma, portadores da insuficiência cardíaca podem apresentar:
- Falta de ar;
- Intolerância ao exercício e à posição deitada;
- Dor abdominal;
- Perda do apetite;
- Falta de energia;
- Inchaço nas pernas e na barriga;
- Ganho ou perda de peso;
- Maior necessidade de urinar no período noturno;
- Tosse noturna;
- Coração acelerado;
- Pés e mãos frios;
- Palidez.
Não deixe de passar por avaliação médica se você apresentar algum desses sinais e sintomas ou fatores de risco que mencionei acima.
Saiba quando ir ao cardiologista.
Diagnóstico da insuficiência cardíaca
O diagnóstico da insuficiência cardíaca é clínico. Sendo assim, durante a consulta, o seu cardiologista irá avaliar o seu histórico familiar, sinais e sintomas que você apresenta, bem como levar em consideração a presença de outras doenças e hábitos que são considerados fatores de risco para insuficiência cardíaca.
Após a avaliação clínica, o seu cardiologista ainda pode solicitar exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico e exames de sangue.
Tratamento da insuficiência cardíaca
O tratamento adequado será implementado após identificação do tipo e gravidade da insuficiência cardíaca, com base na avaliação clínica e em exames complementares.
As orientações ao paciente e a condução do tratamento por um cardiologista são fundamentais nesses casos.
Hábitos que ajudam a prevenir a insuficiência cardíaca
Você deve ter observado que muitos fatores de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca estão associados ao nosso estilo de vida. Desse modo, ao mudar hábitos diários, você pode fortalecer o seu coração e reduzir as chances de ter insuficiência e outros problemas cardíacos.
Para cuidar do seu coração você deve:
- Manter-se ativo e praticar atividades físicas orientada regularmente;
- Não exagerar no consumo de bebidas alcóolicas;
- Parar de fumar;
- Tirar um tempo para fazer atividades prazerosas e, assim, reduzir o estresse
- Fazer um check-up cardiológico periodicamente;
- Manter uma alimentação saudável e evitar o consumo exagerado de sal.
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E, se você se identificou com algum dos sinais e sintomas mencionados, não deixe de agendar sua consulta.
Dra. Ana Raquel Superbi Vidal
Cardiologia e Ecocardiografia
CRM-MG 54452 | RQE 53096
